Nasceu em 1953 – Funchal, Ilha da Madeira
Estudou
Facultat de Belles Arts, Universitat de Barcelona
Universidade de Coimbra
Vive e trabalha em Coimbra
[ Obgestos ] • Segmento: 2.3
Em “Artistas Portugueses na Colecção da Fundação de Serralves” é o director do Museu, João Fernandes, quem enuncia: “António Barros é dos nomes relevantes do contexto da poesia experimental e das artes performativas em Portugal. A obra de António Barros objectualiza e espacializa o texto, explorando novas polissemias originadas pelo cruzamento da textualidade com uma visualidade iconoclasta e irreverente”.
De sensibilidade fluxista, a sua obra convoca não só uma arte de situação debordeana como ainda a Escultura Social de Joseph Beuys, tendo também trabalhado com Wolf Vostell no Vostell Fluxus Zug, Das Mobile Museum Kunst Akademie em Leverkusen.
Se as suas artitudes convocam o situacionismo de Guy Debord ao visitar a poésie directe francesa, Lawrence Ferlinghetti, pioneiro do Movimento da Beat Generation para a poesia - quando destaca a obra performativa “Revolução” em Cogolin, 1986 -, e Julien Blaine-ao publicar “TrAdição” e “Escravos” na revista Doc(k)s -, são quem primeiro internacionaliza a arte de António Barros.
Esta última atitude em objecto-texto, é a que em 1984 um júri-integrando Sophia de Mello Breyner Andresen, David Mourão Ferreira, Urbano Tavares Rodrigues, José Carlos de Vasconcelos, Maria Velho da Costa e Manuel Alegre –, destacou no Concurso Nacional de Poesia 10 Anos do 25 de Abril, resultando este texto num elemento identitário do seu percurso “Visualista” - onde o objecto e a palavra sinergicamente se insinuam.
A resiliência com que sinaliza os seus gestos de escrita [progestos], leva-o ainda à territorialidade do objecto escultural, vindo a criar, e para além dos seus múltiplos environments como “Algias, NostAlgias” e “Amant Alterna Camenae”, o Prémio de Estudos Fílmicos Universidade de Coimbra, com que foram laureados Alain Resnais, Manuel Oliveira e João Bénard da Costa.
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