quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
terça-feira, 20 de setembro de 2011
ANA PIMENTEL
Nasceu em Ermesinde em 1965
Estudos
Licenciatura em Artes Plásticas | Pintura da Escola superior de Belas Artes do Porto.
Curso de Litografia da Cooperativa Árvore do Porto.
Vive e trabalha no Porto
" ESTA BELEZA EXISTE "
Hinos de Vida é assim que se caracteriza a obra de Ana Pimentel. A artista reúne na sua obra uma complexidade de culturas e memórias, lugares, cheiros, cores e vivências de um passado remoto mas intemporal. Numa harmoniosa e impactante homenagem à vida Ana Pimentel utiliza uma linguagem de sinais e formas geométricas referenciadas na cultura tradicional Portuguesa ( arquitectura, festividades, folclore, ornamentos, rosáceas, mosaico, bordados, flores, rendas… ) bem como símbolos associados à paz, harmonia e felicidade ou mesmo ao erotismo e amor.
O objectivo, é aproximar e fundir formas e espaços, numa pintura que se acumula através de camadas de tinta acrílica com efeitos de calor e luz, utilizando vários e diferentes materiais do uso recorrente, tecidos, fios, texturas e padrões interligando-os, recortando-os, repetindo-os ou sobrepondo-os de forma a impregnar a sua obra de uma peculiar e impactante alegria, paixão, amor e vida! Estas composições coloridas intensas e brilhantes são trabalhadas segundo uma determinada organização espacial e mediante um sentido intuitivo pensado, e cuidadoso processo de trabalho.
ÂNGELA COSTA
Nasceu na ilha da Madeira em 1930
Estudos
Licenciada pela ESBAL onde foi aluna em Gravura dos professores Teixeira Lopes e Matilde Marçal.
Vive e trabalha na ilha da Madeira
Recordação de infância
Uma das minhas recordações de infância são os bordados. O meu pai tinha uma Casa de Bordados. Aí fazia-se tudo menos bordar: Lavava-se as diversas peças, recortava-se as partes bordadas, engomava-se com ferros de engomar a gasolina e que faziam muito barulho. O que eu via trabalhar era principalmente toalhas. Soube que essas toalhas eram bordadas no campo, nos quintais e nos alpendres, depois vinham já prontas.
Quando eu era pequenina tudo isto era um entretenimento para mim. Passava horas a observar todas essas operações.
Também gostava muito de conversar com as operárias e de assistir ao almoço delas. Levavam o almoço numa malinha de vime ou num cestinho.
A maior parte das vezes comiam milho cozido com cebola picada ou com café preto. Eu achava esquisito elas comerem sempre isso e não percebia muito bem se elas comiam isso porque gostavam ou porque não tinham outra coisa.
E agora?
Agora, os bordados da Madeira acho que são mesmo uma recordação de infância. Talvez por isso me apeteceu brincar com desenhos de toalhas…
Ângela Costa
JOÃO LEONARDO
Nasceu em 1974 em Odemira
Masters Programme in Fine Art / Malmö Art Academy – Lund University Malmö,Suécia em 2007 / 2009.
Programa de Estudos Independentes / Maumaus – Escola de Artes Visuais Lisboa, Portugal em 2002 / 2005.
Advanced Diploma in Graphic Design / Billy Blue College of Design / Sydney, Austrália em 1999 / 2001.
Licenciatura em História da Arte / FCSH – Universidade Nova de Lisboa Portugal em 1992 / 1996.
O processo de trabalho actual de João Leonardo parte de uma sistemática recolha de resíduos, neste caso específico, de beatas de cigarros. Este material é depois organizado em colagens e esculturas que reflectem sobre a fragilidade da vida humana. Na peça apresentada no projecto Lonarte apresenta-se uma secção de um desenho de uma caveira. A caveira enquanto símbolo da morte é uma imagem recorrente da história da arte, mas o artista sublinha que a mesma imagem pode ser entendida como um símbolo de renovação e regeneração: de facto do ponto de vista da biologia os ossos são complexas estruturas celulares que se renovam e regeneram completamente em cada 7 anos.
MARSHALL WEBER
Nasceu em 1960 em Syosset (Nova Iorque)
Estudos
MFA San Francisco Art Institute - 1983
BFA san Francisco Art Institute - 1981
Vive e trabalha em Brooklyn, Nova Iorque
Marshall Weber, desde sempre esteve envolvido no movimento Pró-Paz. Em 1968, aos oito anos, assistiu ao “Vietnam Moratorium” uma marcha que teve lugar em Hartford, Connecticut.
A partir daí tem participado em inúmeras manifestações, ajudando a organizar projectos, campanhas, protestos e intervenções a favor da Paz. Confessa-se particularmente impressionado com a participação dos ex-combatentes de guerra, que considera essenciais no movimento Pró-paz, pois os soldados são, tal como os civis, vítimas da máquina de guerra.
Ao longo dos últimos anos Marshall Weber tem tido um grande trabalho de apoio a membros dos IVAW - Iraq Veterans Against War (Veteranos do Iraque Contra a Guerra) na sua luta contra as práticas brutais protagonizadas pelas Forças Armadas dos Estados Unidos.
A imagem apresentada "Toy Soldier" (Soldado de Brinquedo) foi desenvolvida para o portfolio "War is Trauma" (A Guerra é trauma). Esta resulta da primeira colaboração internacional entre Booklyn, Justseeds e IVAW. Contará com gravuras de 30 artistas muma tiragem de 130 exemplares que serão utilizados para educar as comunidades à cerca das péssimas condições de saúde mental de muitos soldados e dos limitados recursos destinados a tratamento de problemas de saúde mental dentro das forças armadas americanas.
Este projecto revela também a cumplicidade entre os serviços militares dos EUA e a indústria farmacêutica na exploração de soldados doentes. Esta ligação é crucial pois um aspecto importante do movimento Pró-Paz é lutar para que todos tenham acesso a cuidados de saúde.
PATRÍCIA SUMARES
Nasceu em 1969, no Jardim do Mar
Estudos
Licenciatura em artes Plásticas | Escultura pelo ISAD – Instituto Superior de Arte e Design da Madeira
Vive e trabalha na Calheta.
(...)Há um lugar no mundo que se designa «jardim do mar». Versões futuristas apontam os oceanos como solução viável no confronto de reduto da Terra.
Os trabalhos de Patrícia Sumares, ramificam-se num pressuposto multiplicador que redimensiona O OLHAR de quem os observa. A artista «desenha», compõe, molda o essencial da natureza circundante, transportando-nos num semblante de permanência, como se de uma matriz se tratasse, um desocultar.
Os trabalhos de Patrícia Sumares, ramificam-se num pressuposto multiplicador que redimensiona O OLHAR de quem os observa. A artista «desenha», compõe, molda o essencial da natureza circundante, transportando-nos num semblante de permanência, como se de uma matriz se tratasse, um desocultar.
A seriação estrutura o espaço, reorganiza os seus projectos, cuja mensagem se degladia com um dizer particular da própria vida da autora. Os rostos, linguagem comum de trabalhos mais recentes, não identificam alguém em particular, mas comungam de um gene familiar ao qual nos vamos habituando. São personagens de lugar nenhum, vivos através da memória de um sítio que nos ultrapassa. Figuras humanas «justapõem-se» numa organização formal que dá lugar à instalação ou a um volume escultórico. Patrícia Sumares demarca-se, pela componente da escultura, vertida numa identidade de lugar, personalizada de cunho relevante. O espaço expositivo, a ela pertence – a artista – e é reformulado, pelas obras, servindo de indicador/mapa de uma mensagem interna que a mesma «partilha». Em menor número, encontramos as mulheres no domínio da escultura e, talvez por isso mesmo, Patrícia Sumares assimila, nos seus objectos, uma conduta da natureza enquanto Mãe-Terra, compressão ou amálgama do corpo/ilha. A arte em P. Sumares, refaz-se numa narrativa em crescendo, motivada pela condição reprodutora. Na auscultação acesa dos dias, a autora sulca candura ou cansaço, sinais ou ritos, «tatuados» pelo avesso dos trabalhos que descrevem a atmosfera que nos cerca. O feminino, permanece na memória de quem toca e vê as peças da artista, tornando-as lugares de incitação à fala.
Paulo Sérgio BEJu, Abril 2011
GRAÇA MORAIS
Nasceu em Vieiro, Trás-os-Montes, em 1948.
Concluiu o Curso de Pintura na Escola Superior de Belas-Artes no Porto em 1971. Entre os anos de 1976 a 79 vive em Paris, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Actualmente reside e tem o seu atelier em Lisboa. Desde 1974 até 2011 realiza e participa numa centena de exposições individuais e colectivas, dentro e fora do País.
Em 2008 foi inaugurado o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais em Bragança, da autoria do arquitecto Souto Moura com uma exposição de obras da Artista representativas das séries entre 1982 e 2005. Ciclicamente são renovadas as exposições nas salas destinadas à sua obra.
Graça Morais está representada em várias colecções privadas e públicas: Assembleia da República, Millennium BCP, Banco Espírito Santo, Banco Português de Negócios, Culturgest, Fundação Mário Soares, Cooperativa Árvore, Fundação Luso-Americana, Caixa Geral de Depósitos, Caixa de Crédito Agrícola de Bragança, Ministério da Cultura – Museu de Serralves, Ministério das Finanças, Museu de Angra do Heroísmo, Museu Municipal de Vila Flor, Museu Abade Baçal de Bragança, Museu Anastácio Gonçalves em Lisboa, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil, C.A.M. – Fundação Calouste Gulbenkian, Colecção da Fundação Paço D’Arcos, Colecção Manuel de Brito, Colecção do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.
Ilustrou e colaborou com poetas e escritores, como: Agustina Bessa-Luís; José Saramago; Miguel Torga; Sophia de Mello Breyner Andresen; Pedro Tamen; António Alçada Baptista; Manuel António Pina; Nuno Júdice; Clara Pinto Correia; José Fernandes Fafe; António Osório; Ana Marques Gasta; José Carlos de Vasconcelos, entre outros.
CALEB DUARTE & MIA EVE ROLLOW
Cleb Duarte nasceu no México em 1977
Mia Eve Rollow nasceu em Chicago em 1984
Caleb Duarte y Mia Eva Rollow conheceram-se em 2008 enquanto estudavam no Art Instituto de Chicago. Após o seu primeiro semestre estudando, Rollow sofreu um acidente de automóvel ficando paralitica da cintura para baixo, regressando novamente aos seus estudos após sete meses de recuperação.
Com esta nova realidade, Rollow começou a explorar um novo comportamento resultado da mesma, colocando de parte as barreiras impostas entre a arte e a vida, o que rápidamente levou a criar tendo como base o corpo com objecto escultural, levando suas acções para espaços públicos e privados.
Por outro lado o trabalho de Caleb Duarte resulta da exploração de ideias sobre a problemática da imigração global, do corpo em relação à arquitectura e das ideias e ilusões sobre o conceito de casa.
Estas perfomances escultóricas foram levadas a cabo nas Honduras e Chiapas México, com crianças trabalhadoras que vivem no centro da cidade do México e com as povoações recentes de imigrantes que actualmente vivem no estdo da California.
A obra apresentada para o Lonarte 11 da autoria de Rollow e de Caleb Duarte resulta da criação de uma série de dez acções que desenrolam nos desertos da California nos Estados Unidos e no Norte América. Os temas abordados relaconam-se com a migração, com a mobilidade física e social e com os movimentos primários dos animais feridos.
Mia explora também os poderes que estão por de trás da entrega, da vulnerabilidade e da aceiptação, enquanto se move através de uma nova vida sentindo uma maior atracção gravaticional em relação ao centro da terra.
MIGUEL PALMA
Nasceu em 1964, Lisboa
Vive e trabalha em Lisboa.
Desenvolve projectos artísticos em vários formatos e áreas desde 1989 e as suas peças exploram assuntos relacionados com o desenvolvimento tecnológico desenfriado, propondo caminhos (irónicos e) alternativos para esta necessidade de "novo".
Estas abordagens são frequentemente relacionadas com áreas tão díspares, tais como: a ecologia, a fé nas imagens, a ideia de poder, o universo infanto-juvenil, a obsessão pela máquina.
A sua obra estende-se em desenho, escultura, instalações multimédia, vídeo, livros de artista e performance.
Das muitas exposições realizadas, destacam-se : (PT) Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Berardo, Culturgest, Museu Nacional de Arte Contemporânea / Museu do Chiado - Lisboa; Museu Serralves - Porto; (UK) Bloomberg Space - London; (USA) Prospect.1 – Bienal de New Orleans; Location One, ISE Foundation - New York; Faulconer Gallery - Iowa; (LUX) MUDAM - Luxemburg; (ES) Museu Pateo Herreriano, Centro 2 de Mayo - Madrid, Laboral - Gijón; e (FR)Villa Arson - Nice.
Miguel Palma já foi artista residente na Location One-NY, USA; ISCP-NY, USA; Headlands - Center for the Arts-CA, USA e Montalvo Art Center, San Jose, California - Bienal Zero 1.
Actualmente, Miguel Palma é representado pela Galeria Nicholas Robinson em Nova Iorque e apresenta uma exposição antológica no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
ANTÓNIO RODRIGUES
Nasceu no Funchal, ilha da Madeira
Estudos
Licenciatura em Artes Plásticas | Escultura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa - 1977.
Licenciatura em Artes Plásticas | Escultura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa - 1977.
Douturando em Estudos de Arte na Universidade da Madeira 2004/2009.
Vive e trabalha na Madeira
Redesenho reenquadrado. feltro s/ papel. 2011
(referente: auto-retrato. caneta permanente s/papel. 1974)
Considero-me uma pessoa que tenta ser o mais simples possível e deixar que a vida lhe traga os problemas que ele vai tentar resolver se puder, mais nada.
Provavelmente todos nós nascemos com igual possibilidade de criar, só que muitas vezes não acertamos no campo em que poderíamos triunfar, ou a vida de uns põe condições que não permitem de nenhuma maneira que a nossa poesia se afirme.
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